sexta-feira, 19 de abril de 2013

Web 2.0

Podemos considerar que a web 1.0, como a definimos hoje, constituiu a primeira geração da plataforma e é caracterizada por sites com aparência bastante rudimentar, se comparados com os sites da atualidade.
Com o avançar dos anos, Tim O’Reilly e uma equipa de estudiosos criaram uma convenção para discutir o assunto, a que foi chamado “Web 2.0 Conference”. A partir daí o termo espalhou-se e é usado até hoje para definir a segunda fase da Web, onde os sites se tornam melhores à medida que os usuários participam e colaboram.
Mais que uma mudança a nível tecnológico, o advento da Web 2.0 foi uma mudança de paradigma, que procurava como ponto primordial enriquecer a experiência do usuário através de novas tecnologias e colocá-lo como ator principal, gerando conteúdo e tenso controle sobre ele.


Relativamente à sua influência na educação, as inúmeras ferramentas da Web 2.0 (blogger, youtube, wiki, entre outras) têm sido cada vez mais utilizadas no processo de ensino/aprendizagem, tanto no apoio aos estudantes, como na organização das próprias disciplinas, facilitando a investigação e o trabalho colaborativo. A motivação é um dos fatores que contribui para a utilização de tais ferramentas na aprendizagem.
Tim O’ Reilly diz que a regra mais importante na Web 2.0 “é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência colectiva”.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

As características dos meios de aprendizagem interactiva online

Fahy, P.(2008) – “As Características dos Meios de Aprendizagem Interactiva Online”.Athabasca University Press. Tradução de Maria Francisco, Paulo Sopa, Catarina Oliveira, Liliana Vidal, Maria Clara Pereira (2011).

 O autor descreve as tecnologias usadas para superar a distância da aprendizagem feita online. Afirma que a aprendizagem online é um instrumento de cooperação, colaboração, e comunicação. Segundo Fahy (2008) as tecnologias digitais permitem o ensino, a estrutura, a formação e tecnologia de apoio, orientação para novos papéis, processos, a interacção (diálogo) entre o professor e outros. O autor também conclui que os educadores à distância devem acompanhar as tendências tecnológicas na sociedade, uma vez que essas tendências tendem a surgir rapidamente na sala de aula (virtual). Essencialmente este capítulo procura fornecer uma avaliação equilibrada dos meios de ensino e aprendizagem à distância. É baseado no pressuposto de que nenhum meio, ainda que tecnologicamente bem desenvolvido, é, de facto, apropriado para todas as audiências estudantis e para todos os contextos de aprendizagem. A tarefa dos profissionais e o objectivo deste capítulo é compreender melhor as implicações e limitações das tecnologias, acompanhando a sua disponibilidade para uso no ensino e aprendizagem online à medida que elas mudam e se desenvolvem.
O autor apresenta os Media e Modos de Aprendizagem, revela que apesar de suas diferenças, o ensino online e a aprendizagem por media têm em comum a capacidade de trazer os alunos em tempo útil no contacto com os seus tutores, o conteúdo, e os seus pares, reduzindo a distância transaccional. “Embora semelhantes em produzir estes resultados, as diferenças em como as diversas tecnologias realizam os seus efeitos têm importantes implicações para a prática de ensino online” (Fahy, 2008). Todas as tecnologias são potenciadoras da aprendizagem online e todas apresentam pontos forte e pontos fortes.

Impressão e texto 
De acordo com o autor, esta tecnologia é a mais omnipresente do que a impressão e mais familiar, pois o texto está praticamente em todo o lado, nas mais diversas formas. A impressão fez parte do primeiro mecanismo do ensino, o livro. Esta também era o meio dominante na educação à distância. Destacam-se como pontos fortes: o custo, imprimir é um dos mais baixos custos das tecnologias one-way e a sua portabilidade e facilidade de produção. Como pontos fortes destaca-se o tempo que este método acarreta para os alunos de ensino à distância, pois por vezes teriam de despender grandes períodos de tempo em consultar ao pormenor toda as impressões.

Gráficos e Vídeo 
Neste campo o autor refere que várias pesquisas anteriores mostraram que os gráficos podem aumentar a motivação dos utilizadores, Além disso, os gráficos não animados combinam com o elevado conteúdo de informação (texto), com baixa produção e distribuição de custos. As vantagens das diversas formas de conteúdo de vídeo na prática actual continuam a ser debatidas. Em alguns estudos, a animação foi mostrada para resultar numa " aprendizagem mais eficiente”. Os gráficos, bem como o vídeo, embora bastante importantes para a aprendizagem dos alunos, devem de ter alguns cuidados com a utilização, tanto a nível de cores, tonalidades, entre outros.

Videoconferência 
O autor expõe as suas ideias, dizendo que as sessões de videoconferência têm como características pedagógicas: acrescentar uma sensação de envolvimento directo e presença física entre os alunos geograficamente dispersos, providenciar oportunidades para uma aprendizagem de qualidade (tão boas ou melhores do que as oferecidas por outros métodos e tecnologias), providenciar oportunidades de aprendizagem interactiva e ao vivo para lugares distantes, incluindo a disponibilização de especialidades na totalidade a alunos distantes. Apesar destas vantagens, o custo e a acessibilidade permanecem um problema com todos os tipos de vídeo online, os custos na implementação do vídeo variam enormemente.~

Áudio: IPods, Leitores de MP3 e VoIP 
O autor salienta o serviço de download de áudio da Apple, o IPod, que se tornou o padrão para a musica portátil. O facto de a Apple ter feito o software iTunes compatível com o sistema operativo da Microsoft, veio revolucionar o mundo da música portátil. Foram visiveias as vantagens destas tecnologia, mas o autor ressalta que apesar da utilização do áudio na educação por via online ser bastante útil, a utilização de dispositivos áudio pode levantar desafios técnicos no que toca ao armazenamento e à largura de banda, tal como nos aspetos pedagógicos.

PDAs 
Segundo o autor, a futura direcção mais provável, pelo menos num médio prazo, para o video no ensino onlinepode ser visto como recurso aos Personal Digital Assistants (PDAs), smartphones e outros dispositivos manuais. Os PDAs são pequenos, sem fios, bons receptores de Internet e que apesar do seu tamanho, podem suportar videos de dimensão de filme. Apesar disto, o aparecimento dos smartphones veio tirar em certa parte a popularidade dos PDAs, por possuírem mais funcionalidades e de serem de maior qualidade.

A Internet 
Como o autor refer no início do artigo, a aprendizagem online quase sempre se associa a uma aprendizagem pela Internet, que oferece iguais vantagens e desafios ao educadores e orientadores. As vantagens surgem na enorme capacidade da internet em ligar os participantes com a informação e entre eles. Apesar disto, problemas com a navegação, estrutura, interactividade, complexidade, segurança, estabilidade e tempo gasto pelos utilizadores confusos ou indisciplinados afecta, contudo, a sua utilidade. 

“A Aprendizagem on-line continua a amadurecer em relação aos media e tecnologias utilizados, bem como à pedagogia adequada para a sua utilização.”